segunda-feira, 22 de junho de 2009

A ditadura militar no Brasil - 7 - Governo Médici II (1969-1974) - A Tortura.



Houve uma época em que Milagre exigia fé, e a fé exigia sangue e sacrifício dos ateus.

Fonte: Extraído da "Coleção Caros Amigos - A ditadura militar no Brasil - A história em cima dos fatos" fascículo 7

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Introdução

Terror Estatal - Soltaram os dobermans

A escolha de Médici como sucessor de Costa e Silva mostrou que a linha dura havia dominado o governo. Em debate secreto no senado americano, ele logo recebe aprovação dos republicanos, mais à direita, e democratas - como Willians Fulbright, que “engoliu” a qualificação do diretor da CIA Richard Helms, de que o Brasil havia uma “ditadura consentida”. Médici recebeu aprovação também da OPS(Seção de Segurança Pública, na sigla em inglês). A OPS-Brasil “confiava” que Médici promoveria a “segurança interna”, pois até já havia nomeado, para Ministro da Justiça, um duro “no trato com elementos subversivos e criminosos”: Alfredo Buzaid.


Com tais costas quentes, o governo Médici vai cair matando em quem quer que ouse abrir a boca contra a ditadura, quanto mais quem exercer oposição armada. Instituirão como política de Estado a tortura, que espalha terror. Não hesitarão em aterrorizar crianças, estuprar mulheres. Um militar treinou seu cão para morder os testículos dos presos. Outro, o Risadinha, torturava dando risadas. Não houve baixeza humana que esquecessem. Um general que comandou o Dói-Codi do Rio, Adyr Fiúza de Castro, dirá sobre aquele tipo de gente, que ele próprio comandou:

“É tudo como cachorro bravo doberman. E o doberman tem-se que manter na trela, porque se o largar ele vai atacar até gente de casa”.

A sensação de quem viveu na época é de que não só havia dobermans à solta, mas também eram incitados a exercer seus instintos assassinos.


Auschwitz, DOPS, DOI-CODI, Abu-Grab, Guantánamo - Os autores de atrocidades como estas têm algo em comum




Eles fazem questão de registrar o resultado de seu trabalho

Resumo

  • Tortura como método - Era perigoso ter razão

  • Ela vira rotina nos porões da ditadura

  • Damáris Lucena - Não conseguiram endurecer-lhe a alma

  • Morto na frente da mulher e filhos

  • "É terrível parece que vai endurecendo os ossos"

  • "Eram uns ignorantes, uns estúpidos"

  • Alexandre Vannucchi Leme - "Depois que se perca tempo e um novo tempo amanheça"

  • Um amigo sobreviveu para contar

  • Apanharam a noite inteira nus - Puseram Adriano na mesma cela que o amigo tinha ocupado

  • Livro negro da ditadura militar - O jornalismo exercido sobre permanente risco de vida

  • Militantes se perdiam um dos outros por meses

  • Revolução tem dessas coisas: uísque paga conserto

  • Stuart Edward Angel Jones - Assasinado num ritual monstruoso

  • Encontro marcado com a morte

  • Agora, ia valer tudo

  • "Se eu aparecer morta ..." - Zuzu Angel

  • Quarenta liberados vão para a Argélia

  • Nas mãos de Fleury

  • Eduardo Leite, o Bacuri - Vida violenta, morte selvagem

  • Olhos vazados, orelhas decepadas

  • Rubens Paiva - Tentaram encobrir o assasinato, em vão

  • Cartas do Chile selam o destino do ex-deputado

  • "Mancada": era só para torturar, matar não

  • Resgate de mentira

  • Auschwitz, DOPS, DOI-CODI, Abu-Grab, Guantánamo - Os autores de atrocidades como estas têm algo em comum: Eles fazem questão de registrar o resultado de seu trabalho

  • José Adolfo de Granville Ponce - "A guerrilha foi a esperança do século 20"

  • Carlos Marighella era "admirável"

  • "O mal que causaram"

  • A sensação era a morte

  • "Eu me considero bem torturado"

  • Contracultura - No auge da ditadura, a contestação inclui sexo e drogas

  • Versus - Como acabar com um jornal: pôr na mão de ativistas políticos

  • Comunista desde criancinha

  • Antônio Narciso Pires de Oliveira - Um ex-torturado solidário com os ex-torturados

  • Saiu da cadeia sem perspectiva alguma

  • O torturado tem sequelas mesmo que não admita

  • Ivan Seixas - Da cela, a mãe ouviu o marido ser torturado até a morte

  • Aluízio Palmar - "Atravessei a baía algemado a uma barra de ferro do helicóptero"

  • Virgílio Gomes da Silva - Comandante Jonas, o primeiro desaparecido

  • Rose Nogueira - "Não há como perdoar"

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