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Carência escolar
Os pais de alunos se sentem aliviados com o final da greve no
sistema de ensino estadual, mas parece inevitável que a longa paralisação produzirá
irremediáveis prejuízos para os estudantes, ainda que haja reposição de aula.
O ano letivo foi quebrado, fica impossível reconstituir a
plenitude do calendário. Perante os estudantes das escolas particulares os alunos da rede
estadual ficarão em desvantagem.
A greve terminou no final da mesma semana em que ficaram
conhecidas, em dimensão muito maior do que se supunha, carências no ensino fundamental,
como a condição de analfabetismo de quase 50 mil alunos em Goiás. Embora matriculados e
freqüentando aulas, é grande o número de alunos na faixa etária de 7 a 14 anos que
sequer está alfabetizado.
Quer dizer que esses alunos não estão aprendendo nem sequer
o essencial, já que o analfabetismo afeta completamente todos os demais aspectos da
aprendizagem. Essas deficiências foram constatadas pela Síntese dos Indicadores Sociais
2008, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando,
pois, uma situação entristecedora no ensino brasileiro.
Em todo o País, são mais de 2 milhões de alunos nessa
lamentável situação de analfabetismo.
Lugar de criança e de adolescente é na escola, mas para
aprender de verdade. Este ir à escola para não aprender constitui desafio que tem de
mobilizar toda a sociedade.
Fonte: O Popular On-Line, 30 de setembro de 2008, http://www.opopular.com.br/anteriores/30set2008/opiniao/editorial.htm
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